Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
Amiguinhas e amiguinhos, acabo de ver, pela segunda vez esta semana, esta jóia. Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças é, como vocês já devem saber, o último filme de Jim Carrey, fazendo um par romântico bem esquisito com Kate Winslet. Imagino que vocês também saibam que o roteirista deste filme é o Charlie Kaufman que também escreveu os roteiros de Quero Ser John Malkovich e de Adaptação. Feitas as devidas apresentações, de que trata o filme mesmo?
Bom, o filme apresenta a estória de amor de Joel Barish (Carrey) e Clementine Kruczynski (Winslet) sob um prisma no mínimo estranho: Joel descobre que Clementine, após o fim do relacionamento dos dois, utilizou os serviços de uma empresa chamada Lacuna Inc, para apagar todas as lembranças que ela tem dele. Magoado e com raiva, Joel decide fazer o mesmo.
Neste ponto, entra o processo de apagamento das memórias, das mais novas para as mais antigas. Com isso, começamos a ver, em retrospecto, como terminou o relacionamento, como foi ficando ruim, como era, quando era bom e como começou. Simples, não? Seria, se Joel, como a maioria de nós - e aí vai o grande mérito do roteiro de Kaufman, não percebesse que as coisas ruins que aconteceram não transformaram a pessoa que amavámos num monstro odiável. Nesse ponto, ele se arrepende do processo e tenta, de todo jeito, preservar algumas memórias de Clementine, escondendo-as em outras lembranças, as mais díspares possíveis. Durante a tentativa de Joel esconder as suas recordações, os responsáveis pelo processo de apagamento percebem que há algo errado e chamam o dr. Howard Mierzwiak (Tom Wilkinson) para resolver o problema na casa do próprio Joel, onde já estão Stan (Mark Ruffalo) e Mary (Kirsten Dunst). Dr. Mierzwiak consegue colocar o processo nos eixos e nosso amigo Joel tem todas as suas lembranças de Clementine apagadas, conforme a promessa feita pela Lacuna Inc. Tudo certo? Não! Durante o processo com Joel, acompanhamos Clementine com seu novo amor: Patrick (representado por Elijah Wood), funcionário da Lacuna Inc, e que está usando de um expediente, digamos, sujo, para conquistar a moça. Com isso, o cenário fica armado para a reviravolta final do filme, que é bastante inteligente e que me deixou com um sorriso de felicidade no rosto. Quer saber o que acontece? Assista e divirta-se muito.
Ah! Não deixe de prestar atenção à conversa de Joel e Clementine no início do filme, antes da apresentação dos créditos. Não se assuste, os créditos só aparecem depois de uns 20 minutos de filme. :)
Mais uma coisa: não sei se o filme será indicado para o Oscar de Melhor Filme mas tenho certeza que Jim Carrey será indicado como Melhor Ator: o Joel retratado por Carrey é totalmente diferente de seus outros papéis e é representado de forma magistral. O filme foi dirigido por Michel Gondry cujo trabalho eu desconhecia e que tornou o excelente roteiro de Kaufman em uma delícia visual. Reparem nas cenas do banho na pia, na cozinha da mãe de Joel e na cena da chegada do circo. Vale ressaltar, ainda, que o filme é produzido/distribuído pela Focus Features, responsável, entre outros, por Lost in Translation.
Como disse um dos produtores, sobre sua reação ao ler o roteiro, esta é a estória de amor que eu gostaria de ver no cinema, acima de tudo, humana. Um grande filme. Se você gosta de estórias românticas, não deixe de assistir.
Bom, o filme apresenta a estória de amor de Joel Barish (Carrey) e Clementine Kruczynski (Winslet) sob um prisma no mínimo estranho: Joel descobre que Clementine, após o fim do relacionamento dos dois, utilizou os serviços de uma empresa chamada Lacuna Inc, para apagar todas as lembranças que ela tem dele. Magoado e com raiva, Joel decide fazer o mesmo.
Neste ponto, entra o processo de apagamento das memórias, das mais novas para as mais antigas. Com isso, começamos a ver, em retrospecto, como terminou o relacionamento, como foi ficando ruim, como era, quando era bom e como começou. Simples, não? Seria, se Joel, como a maioria de nós - e aí vai o grande mérito do roteiro de Kaufman, não percebesse que as coisas ruins que aconteceram não transformaram a pessoa que amavámos num monstro odiável. Nesse ponto, ele se arrepende do processo e tenta, de todo jeito, preservar algumas memórias de Clementine, escondendo-as em outras lembranças, as mais díspares possíveis. Durante a tentativa de Joel esconder as suas recordações, os responsáveis pelo processo de apagamento percebem que há algo errado e chamam o dr. Howard Mierzwiak (Tom Wilkinson) para resolver o problema na casa do próprio Joel, onde já estão Stan (Mark Ruffalo) e Mary (Kirsten Dunst). Dr. Mierzwiak consegue colocar o processo nos eixos e nosso amigo Joel tem todas as suas lembranças de Clementine apagadas, conforme a promessa feita pela Lacuna Inc. Tudo certo? Não! Durante o processo com Joel, acompanhamos Clementine com seu novo amor: Patrick (representado por Elijah Wood), funcionário da Lacuna Inc, e que está usando de um expediente, digamos, sujo, para conquistar a moça. Com isso, o cenário fica armado para a reviravolta final do filme, que é bastante inteligente e que me deixou com um sorriso de felicidade no rosto. Quer saber o que acontece? Assista e divirta-se muito.
Ah! Não deixe de prestar atenção à conversa de Joel e Clementine no início do filme, antes da apresentação dos créditos. Não se assuste, os créditos só aparecem depois de uns 20 minutos de filme. :)
Mais uma coisa: não sei se o filme será indicado para o Oscar de Melhor Filme mas tenho certeza que Jim Carrey será indicado como Melhor Ator: o Joel retratado por Carrey é totalmente diferente de seus outros papéis e é representado de forma magistral. O filme foi dirigido por Michel Gondry cujo trabalho eu desconhecia e que tornou o excelente roteiro de Kaufman em uma delícia visual. Reparem nas cenas do banho na pia, na cozinha da mãe de Joel e na cena da chegada do circo. Vale ressaltar, ainda, que o filme é produzido/distribuído pela Focus Features, responsável, entre outros, por Lost in Translation.
Como disse um dos produtores, sobre sua reação ao ler o roteiro, esta é a estória de amor que eu gostaria de ver no cinema, acima de tudo, humana. Um grande filme. Se você gosta de estórias românticas, não deixe de assistir.